segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ROTINA

Rotina (Ícaro Ribeiro)



Olhos cansados
Corpo jogado
Toma Prozac
Acende um cigarro
Já é madrugada e você com insônia
O dia começa e você se levanta

O trânsito para
O trabalho inicia
Você sente culpa
Você sente sono
Você volta a si e paga as contas
Você está cansado, mas não pode parar

Tudo outra vez, nada de novo dessa vez
Querem me vê sangrar
Eu não sou uma máquina!

Em casa a razão da vida
O beijo da mulher, um gosto amargo na língua
O vazio alimenta a dor aguda
Você está vivendo numa interminável rotina

Tudo outra vez, nada de novo dessa vez
Querem me vê sangrar
Eu não sou uma máquina!

Só de olhar no espelho e não me ver em mim
Só de andar na rua e não me encontrar na multidão
Só de pensar o quanto tenho que correr
Só de imaginar o tédio que tenho de reviver



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Voo Livre

Voo Livre (Ícaro Ribeiro)

Voe para bem longe
Se possível como um pássaro
Atravesse as paredes
Cante canções de liberdade
Veja se situe
Compreenda esta vida
Lembre de você e dos outros
Se deseja ser humano

Saiba que o tempo já foi desafiado
Então corra nessa estrada de desafios

À tarde pássaros cantam
Na varanda de casa
Uma linda sinfonia

E a paz chegaria aliviando a dor
No estado de consciência
Nesse mundo de xerifes eu veria
A humanidade humanizada