Rotina (Ícaro Ribeiro)
Olhos cansados
Corpo jogado
Toma Prozac
Acende um cigarro
Já é madrugada e você com insônia
O dia começa e você se levanta
O trânsito para
O trabalho inicia
Você sente culpa
Você sente sono
Você volta a si e paga as contas
Você está cansado, mas não pode parar
Tudo outra vez, nada de novo dessa vez
Querem me vê sangrar
Eu não sou uma máquina!
Em casa a razão da vida
O beijo da mulher, um gosto amargo na língua
O vazio alimenta a dor aguda
Você está vivendo numa interminável rotina
Tudo outra vez, nada de novo dessa vez
Querem me vê sangrar
Eu não sou uma máquina!
Só de olhar no espelho e não me ver em mim
Só de andar na rua e não me encontrar na multidão
Só de pensar o quanto tenho que correr
Só de imaginar o tédio que tenho de reviver